quarta-feira, 3 de abril de 2013

Anarnet: Brasil ganha órgão responsável pela autorregulação da internet


Nova entidade tem o objetivo de transformar a web brasileira em um imenso fórum de discussões.
Na tentativa de trazer uma maior organização à internet brasileira, neste ano entra em operação no país um novo órgão regulador. Conhecida como Anarnet (Agência Nacional de Autorregulação da Internet), a nova instituição tem o objetivo unir as opiniões de empresas, organizações não governamentais, governantes e membros da população em geral para transformar a web nacional em um grande fórum de discussões.
Embora tenha sido fundada em julho de 2011, até o momento a Anarnet funciona de forma sigilosa e não há data para que ela passe a operar de maneira completa. “Nós já temos esta resposta, mas vai ficar para o lançamento”, afirmou Coriolano Almeida Camargo, diretor-presidente da entidade. Ao que tudo indica, o novo órgão vai funcionar de forma semelhante ao Conar, responsável pela regulamentação das propagandas exibidas em território brasileiro.
“O Conar nasceu em um momento de ameaças à livre atuação do setor publicitário, e a Anarnet nasce em um contexto complexo formado por graves riscos e enormes oportunidades para o Brasil e o mundo todo”, declarou Giuliano Giova, diretor do Instituto Brasileiro de Peritos.
Apesar de alguns setores da entidade já estarem funcionando, a previsão é que a iniciativa só passe a aceitar sócios a partir do segundo semestre de 2013. Haverá diversas categorias de filiação, incluindo opções gratuitas, que permitirão a participação de diversas fatias da população.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Um dos supercomputadores mais rápidos do mundo será desligado

O supercomputador mais rápido do mundo não é mais o supercomputador mais rápido do mundo e, por isso, será desativado hoje. No Laboratório Nacional de Los Alamos, o IBM Roadrunner será substituído por um computador mais rápido, mais barato e mais eficiente em energia, o Cielo.

O Roadrunner custou US$ 121 milhões e foi o primeiro computador a consistentemente computar um Petaflop, ou um quadrilhão de cálculos matemáticos por segundo. Começando em 2008, seu poder ajudou pesquisas com lasers, vírus, armas, cosmologia e mais. O Roadrunner ocupa 6.000 metros quadrados, usa 278 racks para guardar seus processadores e está conectado por 88 km de cabos de fibra óptica.

Após o início do desligamento, os pesquisadores em Los Alamos gastarão um mês testando a compressão de memória do sistema operacional do Roadrunner e seu roteamento de dados. Supercomputadores menores e mais baratos estão sendo desenvolvidos pela IBM e outras empresas, mas até o seu desligamento hoje o Roadrunner ainda estava entre os 25 supercomputadores mais rápidos do mundo. Merece respeito.

DNA é o Linux do mundo natural

Nós provavelmente assumimos mesmo que vagamente que um dia os computadores nos superarão, e deve ser por isso que é tão perturbador saber que os códigos de computadores estão evoluindo como códigos genéticos. Ao comparar o genoma bacteriano ao Linux, pesquisadores encontraram a “sobrevivência do mais apto” atuando na programação de computação.

Sergei Maslov, do Laboratório Nacional de Brookhaven, e o estudante Tin Yau Pang observaram como diferentes componentes em genomas e códigos de computadores funciona. Eles notaram que em ambos os exemplos de sistemas complexos, as partes constituintes prevalecentes se tornaram generalizadas por serem tão integradas que não podem ser removidas. E isso acontece ao contribuírem para a reprodução, seja diretamente ou através de expansões que tornam a reprodução possível.

Faz sentido que quão mais um gene ou um programa específico é usado, mais os desenvolvimentos futuros dependerão dele, mas a surpresa está na similaridade em frequência de uso entre genes importantes e programas de computadores. Maslov e Pang observaram 500 espécies de bactérias e 2 milhões de computadores individuais. Eles descobriram que a frequência que certos códigos genéticos são usados em processos fundamentais para a vida de bactérias era muito próxima à frequência de instalação de 200.000 pacotes de Linux. Maslov explica:

Você descobre o número de partes fundamentais ao tirar a raiz quadrada dos componentes dependentes. Mas como Maslov diz, isso só funciona com código aberto, onde a evolução acontece “naturalmente”. Ok, definitivamente nosso universo é uma simulação computacional agora.